Cante, vibre, emocione-se. Isso é Umbanda!
Não é a toa que cantamos em nossas giras. A música
vibra junto com nossa alma. Cantar muda o dia e afugenta a tristeza, mesmo
quando a música nos faz lembrar algo triste.
Nossos mentores dizem que “quem canta reza duas
vezes”. E eu sempre digo: Cante e seus males espante!
É por isso, que decidi dividir com todos vocês algo
tão importante dentro da Umbanda: os pontos cantados.
Não é só fazer bonito. A vibração dos pontos, a
marcação dos Atabaques tem um valor fundamental na “segurança” da gira, sendo
um dos principais fundamentos da Umbanda.
Cada toque é uma vibração contra as esferas do
baixo astral e quanto maior a participação de todos os presentes, maior será a segurança,
pois estaremos com a mente firme em oração e não deixaremos “os intrusos” negativos
atrapalharem nossos trabalhos.
As cantigas são como mantras que ajudam a abrir os
portais de luz para trazem as entidades, e assim também quando se despedem (“sobem”).
Suas vibrações podem encher o espaço de espíritos
de luz, trazendo o fortalecimento dos chakras de quem está participando com fé.
Desde a antiguidade, em quase todas as religiões,
encontramos uma forma de louvar a
Deus, ou outras divindades, através da música. É uma forma de expressar o que
sentimos pela fé.
O cântico umbandista, conhecido popularmente como
pontos, são cantados na forma de saudar os orixás ou as entidades manifestadas
durante a execução das giras.
O ponto representa uma oração, um pedido de proteção,
abertura de caminhos, o consolo ao coração partido e assim por diante.
São poderosas ferramentas para a firmeza de
pensamento, ou seja, ajudam os médiuns a entrarem em transe e incorporarem suas
entidades, além de ajudar na concentração que é necessária para o bom
andamento de um trabalho espiritual.
Um dos instrumentos mais importantes, dentro do ritual
umbandista é o atabaque, pois através do toque correto é que chamamos as
entidades. O som produzido representa um elo energético entre a falange atuante
e a gira do terreiro.
No caso do atabaque, é necessário o devido preparo
para ser tocado e quem toca esse instrumento sagrado, é chamado Ogã, sendo indispensável
que o mesmo tenha muito respeito e preparo espiritual para exercer suas funções.
Todo o Ogã deve ter seus fundamentos de umbanda. Reza-se uma lenda que, em
tempos remotos, quem tocava para os Orixás em suas festas era Exu. No entanto,
devido a um desentendimento entre as partes Exu abriu mão dessa função. Passado
algum tempo os Orixás viram ser impossível passar sem o som dos atabaques e
pediram a Exu que reassumisse sua função. Exu declinou do convite, mas disse
que indicaria seu substituto, que seria o primeiro homem com que cruzasse em
seu caminho. Este homem chamava-se Ogã.
Cada atabaque corresponde a um orixá, sendo
consagrado durante rituais específicos.
Existem três tipos de atabaque:
RUM – o atabaque maior
RUMPI – o segundo atabaque maior e responde ao RUM
LÊ – o terceiro atabaque utilizado pelos iniciantes
a OGÂ.
Os pontos cantados são de fundamental importância
para estabelecer o padrão vibratório
dos terreiros durante as giras, devendo ser realizados com responsabilidade e respeito,
tanto pelos Ogãs, quanto pelo corpo mediúnico, já que a força do atabaque
responde pela “firmeza” da casa.
Ressalto que a firmeza dos pontos cantados é muito
importante, pois pode destruir o bom andamento dos trabalhos espirituais.
Quanto a finalidade, os pontos podem ser:
- Abertura e encerramentos dos
trabalhos;
- Chegada e partida dos orixás e
entidades;
- Vibração;
- Defumação;
- Descarrego;
- Contra demandas;
- Firmeza;
- Doutrinação;
- Cruzamento de linhas e falanges
de espíritos;
- Consagrações, batizados,
casamentos, etc.
Louvação aos Atabaqueiros
"Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor
É a mensagem que enaltece os Orixás
É a oração que elevo ao senhor
É a vibração que nos faz incorporar
Sem batuque na Umbanda não se pode trabalhar
Eu não sabia, mas agora aprendi
Que o canto faz a gira de Umbanda
Quem canta, encanta a vida dos Orixás
É uma benção divina que emana muita paz"
"Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor
É a mensagem que enaltece os Orixás
É a oração que elevo ao senhor
É a vibração que nos faz incorporar
Sem batuque na Umbanda não se pode trabalhar
Eu não sabia, mas agora aprendi
Que o canto faz a gira de Umbanda
Quem canta, encanta a vida dos Orixás
É uma benção divina que emana muita paz"
Luz - Adriana S Martins
7Raios
Um comentário:
Simplismente Lindo!!!!!!
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